22 de ago. de 2008

Apólogos - 2ºB - FAB

Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção.
Antoine de Saint-Exupéry
*

O trabalho com a produção de apólogos teve início na sala de leitura do Newton Reis com a nossa OSL, professora Cidinha.

Um trabalho que adorei e recomendo.

As crianças adoraram.






















Após o simulado do Saresp o 2º B iniciou a produção de Apólogos - 22/08/2008



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Apólogo é um género figurado de narrativa que busca ilustrar lições de sabedoria ou ética, através do uso de personalidades de índole diversa, imaginárias ou reais, que podem ser tanto inanimadas como animadas. Serve como exemplo clássico os apólogos de Esopo.
É comumente confundido com a fábula, que é focada nas relações que envolvem coisas e animais (ex: o livro Quem Mexeu no Meu Queijo e A Revolução dos Bichos), e com a parábola, que se centra nas histórias somente entre homens e comumente possui cunho religioso (ex: Parábolas de Jesus).
Bem parecido com a fábula em sua estrutura, o apólogo é um tipo de narrativa que personifica os seres inanimados, transformando-os em personagens da história.
Diversos autores consideram que pode-se considerar o apólogo como uma parábola que não utiliza apenas, e a título de analogia, um caso particular a fim de tornar perceptível uma significação geral.



19 de ago. de 2008

Apólogos - 4ºD - Newton Reis

Pensamentos valem e vivem pela observação exata ou nova, pela reflexão aguda ou profunda; não menos querem a originalidade, a simplicidade e a graça do dizer.



Apólogos 4º ano D - Produção em grupos












O lápis e a borracha


O lápis e a borracha



Um belo dia, o lápis disse para a borracha:
- Eu escrevo no caderno, eu fico na mão do meu dono.
A borracha respondeu:
- Eu apago seus erros, e eu sou branca e você é colorido.
O lápis respondeu:
- Mas eu sou muito mais colorido do que você, eu tenho todas as cores que você possa imaginar!
O caderno entrou no meio da conversa:
- Mas vocês escrevem e apagam em mim, parem de brigar vocês dois.
Aí o lápis respondeu:
- Desculpe-me borracha.
A borracha respondeu:
- Desculpe-me lápis.
Os dois pararam de brigar e viveram felizes para sempre.
Será que o caderno sobreviverá sem o lápis ou a borracha?


Autores: Alexandre Feliciano da Silva Junior, Carlos Vitor Merencio Ramilo, Gustavo Nascimento da Silva e Larissa Mikelly Silva Carvalho

21/08/2008


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O estojo e o zíper



O estojo e o zíper



Um certo dia na escola o estojo e o zíper começaram a brigar,o estojo disse :
_ Eu sou o melhor, sou eu que te carrego!
_ Eu sou melhor sou eu que te abro ! Disse o zíper.
_ Não sou eu que carrego os lápis e não você !
_ Então vamos apostar! Disse o zíper.
_ Está bem, vamos ver quem a nossa dona vai pegar primeiro.
E a dona acabou pegando os dois ao mesmo tempo.
O estojo disse :
_ Ah, ah , fui eu que ela pegou primeiro.
_ Mentira, fui eu tá sua mentirosa.Disse o zíper.

_ Está bom então, mas você não serve pra nada, só para abrir e fechar !Disse o estojo:
_ Olha só, que tal você parar de me xingar ? Disse o zíper.

_ Do que você tá rindo?
_ Nada só da sua cara de boba !
_ Pára agora de me xingar .

_ Desculpa , vamos ser amigas ?
_ Vamos!
E elas foram felizes para sempre


autoras [Marcela, Kathleen, Patricia e Thalia ]




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O lápis e apontador

Era uma vez um lápis que vivia se admirando, quando apareceu um apontador e falou:
_ Oh lápis você está se achando, você não serve para nada.
_ É mesmo, diga quem o menino pega primeiro?
_ Não quero saber, eu vou ganhar mesmo.
_ Eu aceito, quando formos para a escola, vamos ver quem o menino vai pegar primeiro.
O menino pegou o lápis, e o apontador disse:
_ Desculpe-me pela confusão que fiz, nós dois somos importantes.
Os dois
Foram felizes
Para sempre, com a ponta bem feita...
E escrevendo bonito.

Autores: Vinicius e Guilherme

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O lápis e a borracha

O lápis e a borracha

Era uma vez; no princípio eram só dois amigos que se chamavam "Lápis e Borracha".

Os dois só brigavam porque um queria ser melhor do que o outro. Mas o lápis que ser o mais bam-bam-bam do que a borracha.

E o lápis disse:

_ Oi dona Borracha sabia que você não é de nada?

A borracha disse:

_ Me deixa em paz e foi embora.

Quando chegou na escola o lápis falou:

_ Olá dona Borracha.

A borracha disse:

_ Por que você não me deixa em paz?

Aí o lápis falou:

_ Vamos fazer uma aposta e ver quem que o menino vai usar mais e esse será o melhor.

_ Então está apostado.

O menino pegou o lápis, começou a escrever, mas errou.

A borracha apagou o erro do lápis. Então o lápis falou:

_ Eu fui o que foi usado.

A borracha retrucou:

_ Não senhor, deu no mesmo.

_ Não vamos brigar mais. Apesar de tudo trabalhamos, somos amigos.

autores: Lucas Bento; Jaqueline; Ionara e Matheus Andrade

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O APAGOR E O GIZ, QUEM VAI ATÉ A LOUSA?

(LETICIA SANTOS DE OLIVEIRA)

ERA UMA VEZ O GIZ E O APAGADOR ELES VIVIAM DISCUTINDO.

O APAGADOR DISSE:

_ EU SOU MELHOR DO QUE VOCÊ.

E O GIZ DISSE:

_ EU QUERO DAR UM FIM NESSA BRIGA, EU VOU FAZER UMA DISPUTA COM VOCÊ PARA PARAR A BRIGA. VOCÊ ACEITA?

O APAGADOR FALOU:

_ EU ACEITO.

PAROU A BRIGA E ELES FICARAM AMIGOS PARA SEMPRE.





Produção de Apólogo


A cola e a tesoura, quem vai até a professora?
(Jéssica Matos – 4º D)
Era uma vez uma cola falando para a tesoura com a maior implicância:
_ Eu sou a melhor! Falou a cola, e a tesoura respondeu:
_ Você acha que é quem para falar e repetir? _ Eu sou a melhor!
Logo a cola disse:
_ Quando chega a hora do menino ir para a escola, é claro que vai nos levar e quando for a hora de cortar os papéis e colar no caderno, terá que nos usar.
_ Vamos fazer uma aposta?Quem chegar primeiro até a professora é a melhor.
_ Aposta feita. Disse a tesoura.
Logo depois o menino pegou a cola, a tesoura e foi até a escola.
A cola falou:
_ Agora quem é a vencedora? E a tesoura respondeu?
_ Vamos ver!
A professora disse:
_ Bom dia! Vamos começar a aula cortando papéis, colando no caderno e ao lado da figura escrevam o nome da figura.
_ Logo, logo chega a hora de ver quem é a melhor. Disse a cola.
A tesoura gritou rápido:
_ Eu sou a melhor!
O menino pega agarrando com as suas mãozinhas, primeiro em mim e depois é a você dona tesoura que ele agarra.
O menino cortou, colou e levou o caderno, cola e a tesoura até a professora e logo a cola disse:
_ Desculpe dona tesoura, nós duas somos importantes porque sem você cortando não há como me colar, me desculpe.
A tesoura respondeu:
_ É claro, nós precisamos um do outro.
*

A televisão e o computador
(Alexandre Feliciano da S. Junior – 4ºD)
_ A televisão não é tão boa como eu computador.
_ Eu, televisão, sou notícia para o mundo inteiro e ninguém deixa de ter uma televisão.
_ O computador é importante para pesquisar, calcular, etc.
_ Agora vão me utilizar televisão.
_ Não me importo, estão em assistindo!
_ Todos vão nos usar, certo, televisão?
_ Certo computador.
_ Ninguém é melhor do que o outro.
*


Sala de Leitura - "Newton Reis"

Leitura Compartilhada pela nossa OSL, professora Cidinha
Apólogo de Machado de Assis
"Agulha ou linha, quem é a rainha ?"
Início do trabalho na Sala de Leitura
Proposta para produzir na sala de aula.

Produto final: confeccionar um livro de apólogos da escola.

Um Apólogo Machado de Assis

Agulha ou linha, quem é a rainha?

Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
— Deixe-me, senhora.
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!
Texto extraído do livro "Para Gostar de Ler - Volume 9 - Contos", Editora Ática - São Paulo, 1984, pág. 59.
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