Pensamentos valem e vivem pela observação exata ou nova, pela reflexão aguda ou profunda; não menos querem a originalidade, a simplicidade e a graça do dizer.
Apólogos 4º ano D - Produção em grupos
O lápis e a borracha
O lápis e a borracha
Um belo dia, o lápis disse para a borracha:- Eu escrevo no caderno, eu fico na mão do meu dono.A borracha respondeu:- Eu apago seus erros, e eu sou branca e você é colorido.O lápis respondeu:- Mas eu sou muito mais colorido do que você, eu tenho todas as cores que você possa imaginar!O caderno entrou no meio da conversa:- Mas vocês escrevem e apagam em mim, parem de brigar vocês dois.Aí o lápis respondeu:- Desculpe-me borracha.A borracha respondeu:- Desculpe-me lápis.Os dois pararam de brigar e viveram felizes para sempre.Será que o caderno sobreviverá sem o lápis ou a borracha?Autores: Alexandre Feliciano da Silva Junior, Carlos Vitor Merencio Ramilo, Gustavo Nascimento da Silva e Larissa Mikelly Silva Carvalho21/08/2008*
O estojo e o zíper
O estojo e o zíper
Um certo dia na escola o estojo e o zíper começaram a brigar,o estojo disse :
_ Eu sou o melhor, sou eu que te carrego!
_ Eu sou melhor sou eu que te abro ! Disse o zíper.
_ Não sou eu que carrego os lápis e não você !
_ Então vamos apostar! Disse o zíper.
_ Está bem, vamos ver quem a nossa dona vai pegar primeiro.
E a dona acabou pegando os dois ao mesmo tempo.
O estojo disse :
_ Ah, ah , fui eu que ela pegou primeiro.
_ Mentira, fui eu tá sua mentirosa.Disse o zíper.
_ Está bom então, mas você não serve pra nada, só para abrir e fechar !Disse o estojo:
_ Olha só, que tal você parar de me xingar ? Disse o zíper.
_ Do que você tá rindo?
_ Nada só da sua cara de boba !
_ Pára agora de me xingar .
_ Desculpa , vamos ser amigas ?
_ Vamos!
E elas foram felizes para sempre
autoras [Marcela, Kathleen, Patricia e Thalia ]
*
O lápis e apontador
Era uma vez um lápis que vivia se admirando, quando apareceu um apontador e falou:
_ Oh lápis você está se achando, você não serve para nada.
_ É mesmo, diga quem o menino pega primeiro?
_ Não quero saber, eu vou ganhar mesmo.
_ Eu aceito, quando formos para a escola, vamos ver quem o menino vai pegar primeiro.
O menino pegou o lápis, e o apontador disse:
_ Desculpe-me pela confusão que fiz, nós dois somos importantes.
Os dois
Foram felizes
Para sempre, com a ponta bem feita...
E escrevendo bonito.
Autores: Vinicius e Guilherme
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O lápis e a borracha
O lápis e a borracha
Era uma vez; no princípio eram só dois amigos que se chamavam "Lápis e Borracha".
Os dois só brigavam porque um queria ser melhor do que o outro. Mas o lápis que ser o mais bam-bam-bam do que a borracha.
E o lápis disse:
_ Oi dona Borracha sabia que você não é de nada?
A borracha disse:
_ Me deixa em paz e foi embora.
Quando chegou na escola o lápis falou:
_ Olá dona Borracha.
A borracha disse:
_ Por que você não me deixa em paz?
Aí o lápis falou:
_ Vamos fazer uma aposta e ver quem que o menino vai usar mais e esse será o melhor.
_ Então está apostado.
O menino pegou o lápis, começou a escrever, mas errou.
A borracha apagou o erro do lápis. Então o lápis falou:
_ Eu fui o que foi usado.
A borracha retrucou:
_ Não senhor, deu no mesmo.
_ Não vamos brigar mais. Apesar de tudo trabalhamos, somos amigos.
autores: Lucas Bento; Jaqueline; Ionara e Matheus Andrade
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O APAGOR E O GIZ, QUEM VAI ATÉ A LOUSA?
(LETICIA SANTOS DE OLIVEIRA)
ERA UMA VEZ O GIZ E O APAGADOR ELES VIVIAM DISCUTINDO.
O APAGADOR DISSE:
_ EU SOU MELHOR DO QUE VOCÊ.
E O GIZ DISSE:
_ EU QUERO DAR UM FIM NESSA BRIGA, EU VOU FAZER UMA DISPUTA COM VOCÊ PARA PARAR A BRIGA. VOCÊ ACEITA?
O APAGADOR FALOU:
_ EU ACEITO.
PAROU A BRIGA E ELES FICARAM AMIGOS PARA SEMPRE.
Produção de Apólogo
A cola e a tesoura, quem vai até a professora?
(Jéssica Matos – 4º D)
Era uma vez uma cola falando para a tesoura com a maior implicância:
_ Eu sou a melhor! Falou a cola, e a tesoura respondeu:
_ Você acha que é quem para falar e repetir? _ Eu sou a melhor!
Logo a cola disse:
_ Quando chega a hora do menino ir para a escola, é claro que vai nos levar e quando for a hora de cortar os papéis e colar no caderno, terá que nos usar.
_ Vamos fazer uma aposta?Quem chegar primeiro até a professora é a melhor.
_ Aposta feita. Disse a tesoura.
Logo depois o menino pegou a cola, a tesoura e foi até a escola.
A cola falou:
_ Agora quem é a vencedora? E a tesoura respondeu?
_ Vamos ver!
A professora disse:
_ Bom dia! Vamos começar a aula cortando papéis, colando no caderno e ao lado da figura escrevam o nome da figura.
_ Logo, logo chega a hora de ver quem é a melhor. Disse a cola.
A tesoura gritou rápido:
_ Eu sou a melhor!
O menino pega agarrando com as suas mãozinhas, primeiro em mim e depois é a você dona tesoura que ele agarra.
O menino cortou, colou e levou o caderno, cola e a tesoura até a professora e logo a cola disse:
_ Desculpe dona tesoura, nós duas somos importantes porque sem você cortando não há como me colar, me desculpe.
A tesoura respondeu:
_ É claro, nós precisamos um do outro.
*
A televisão e o computador
(Alexandre Feliciano da S. Junior – 4ºD)
_ A televisão não é tão boa como eu computador.
_ Eu, televisão, sou notícia para o mundo inteiro e ninguém deixa de ter uma televisão.
_ O computador é importante para pesquisar, calcular, etc.
_ Agora vão me utilizar televisão.
_ Não me importo, estão em assistindo!
_ Todos vão nos usar, certo, televisão?
_ Certo computador.
_ Ninguém é melhor do que o outro.
*
Sala de Leitura - "Newton Reis" Leitura Compartilhada pela nossa OSL, professora Cidinha
Apólogo de Machado de Assis
"Agulha ou linha, quem é a rainha ?"
Início do trabalho na Sala de Leitura
Proposta para produzir na sala de aula.Produto final: confeccionar um livro de apólogos da escola.Um Apólogo Machado de AssisAgulha ou linha, quem é a rainha?Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
— Deixe-me, senhora.
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!
Texto extraído do livro "Para Gostar de Ler - Volume 9 - Contos", Editora Ática - São Paulo, 1984, pág. 59.
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